A hora do encanto
A cidade olha-me com seus olhos poluídos
Fujo dela
Não me atrai o ruído sonoro exalado pela velocidade do movimento
Volto ao refúgio da minha praia sentida no sopro e na folhagem do tempo
Ao longe os pássaros rumam ao lugar incerto onde os ramos verdejantes acolhem seus chilreados e protegem-se na ansiedade da Primavera
Lentamente o céu abre-se cioso da presença dos raios de sol abrindo caminho por entre as gaivotas que volteiam no lamento dos seus agudos sons a falta do peixe que as ondas não trazem
A música embala-me a viagem rumo a afectos sentidos na palma da alma e a cidade desvirtuada fica longe do olhar
É a hora do encanto da balada que preenche corações