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Alma Minha...

Arquivo de sonhos e memórias.

Alma Minha...

Arquivo de sonhos e memórias.

31
Mar22

Momentos de Vida...

Otília Martel

Na profundeza do oceano
escondi minhas mágoas.

Debaixo de uma árvore
escrevi meus poemas!

E neste mundo
o que faço?

No meio de tanta guerra,
agressão,
mantenho a minha canção,
suave e doce.

E sinto cada faísca
que se solta no vento 
e me traz o som 
que entoa no firmamento

soltando estrelas 

de mil cores 

que mergulham 

no oceano  

dos meus sonhos.

04
Nov20

Em tempo de pandemia... vou deixar uma luz acesa...

Otília Martel

Adrian Borda

Tu que estás em casa
longe de quem amas,
de quem abraças e beijas,
vou deixar uma luz acesa para ti.
 
Tu que estás olhando a rua vazia
na noite longa e fria
deixo-te uma luz acesa
para que possas acenar à tua vizinha.
 
Tu que estás olhando as estrelas
vou deixar uma luz acesa
para te ver sorrir para os dias
infinitos que hão-de vir...
 
Vou deixar uma luz acesa
 
 
 
Palavras inspiradas no tema musical "Leave a Light On" de Tom Walker .
 
Imagem de Adrian Borda

 

11
Mar20

Tu és o meu sol

Otília Martel

Igor Morski

Teu olhar tocou
o mais profundo do meu ser.
Um pássaro em fogo
fugiu do teu corpo
e aninhou-se no meu.

Somos céu e terra.
Ar e montanha.
Somos o que sobe e desce
como as ondas bravias do oceano.

- Tu és o meu sol.

No calor abrasador das nossas almas
o luar serve de manto aos corpos que se diluem
na branca espuma do mar.

 

07
Fev20

Mar vibrante

Otília Martel
Eu e o Mar.jpg

 


Sacudo o nevoeiro que trilha meu corpo.  
Fixo o mar prateado onde apetece mergulhar
e nas suas ondas,
perigosamente vibrantes,
deixo-me embalar.


Vigilantes gaivotas
em rodopio, ousam voar,
alertas de um tempo biológico
que não pára de girar.


Cativa do som das ondas, 
do mar que ouve meu canto,
embalo-me madrugada dentro
no murmúrio do fascínio
que me quer despertar.

 

 

Poema escrito em 17/09/2013 

15
Fev19

Um dia

Otília Martel

autor desconhecido

O sol arrastou-me para o mar. O vento fez-me deslizar na areia ainda húmida. O pensamento voou em memórias eternizadas conjugadas na dança das gaivotas que, solenes, ondulavam na crista das ondas.

A música que embala meus sentidos evoca momentos e locais.
E deixo-me levar

Um dia voltarei
à casa da minha infância,
cenário de princesas e cavaleiros,
que a minha memória perpetua.

Um dia
alguém tocará o piano
que geme a angústia
do desaparecimento
dos dedos que o acarinhavam,
invariavelmente de
Schumann a Boulez,
enquanto meus olhos
os seguiam amorosamente.

Um dia
as janelas abrir-se-ão
deixando entrar
o sol da minha emoção;
sorrirei para as
rugas do meu rosto
fecharei o espelho
da minha memória
e deixarei a casa partir.

Um dia…

 

02
Jan19

ESPAÇO SIDERAL

Otília Martel

 Visão de Giordano Bruno

 

Um dia
somos crianças,
irreverentes,
audazes, corajosas.
Um dia
descobrimos,
a real virtude do mundo,
ou a irrealidade das coisas
que o compõem.
E o sonho?
Onde fica o sonho
de tudo o que esperamos?
E a dor
de tudo o que perdemos?
Do que sentimos?
Importa?
Sorrimos para a dor.
Quem a vê?
Quem a sente no nosso íntimo?
Inolvidável a cicatriz aumenta.
Uma a uma.
Invisível.
A vida continua.
No espaço sideral
nada se perde.
Tudo se recria e permanece.
Ontem que já é hoje.
A infância lá longe
curva-se ao instante que
antecede o amanhã.
Somos o tempo.
A roda gira
e, nela,
todos nós.

15
Mai18

Pássaro

Otília Martel

Jaroslaw Kukowski

Abraço o pássaro
que carrega nas penas
a força do vento
e transporta em si
o mistério infindável
das nuvens
e das gotas de chuva
que tecem o firmamento.

Voa pássaro
que adejas sobre as ondas
e nelas vês sereias
a cantar no imo do mar.

E ao longe
entre rios e lagos
planícies e montanhas
nas asas do tempo
não te detenhas.
Voa. Voa.

 

 

 

11
Abr18

Não sei escrever poesia

Otília Martel

poesia

Não sei escrever poesia,
digo para comigo.
Como se escreve?- pergunto-me.
Mas se a sinto no coração.
Numa flor.
No sol a pôr-se no mar.
No canto do melro,
na minha janela.
No riso de uma criança,
ao colo de sua mãe.
Na paixão dos enamorados,
nas lágrimas dos abandonados.
No grito do pescador,
quando a rede se enche.
No grito de dor da mãe,
mas quando o filho nasce o recebe
com sorrisos de alegria e esperança.
No mal. No do mundo. Na perversidade de tantos.
Nos que querem a guerra
e, outros, a paz.

Nos homens e mulheres
que fazem da esperança
seu Hino.


Como, não posso escrever poesia?

 

 

Imagem Google

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